Fui aluno deste senhor no 1.º ano da faculdade, corria o ano de 2002. Depois, voltei a apanhá-lo no meu último ano de curso, em 2007. Conheço bem a sua personalidade estranha e as suas ideias retrógradas. Para mim não é nenhuma novidade este exame, pois lembro-me que os exames dele eram sempre assim.
Lembro-me bem que nas suas aulas nunca era imparcial, pois adorava demonstrar, ainda que de forma encapotada e em tom de ironia, a sua opinião acerca de tudo. Na época em que o aborto foi aprovado em referendo, raras eram as aulas em que perdia a oportunidade de criticar a IVG. A fixação era tão grande que no fim do ano lectivo levámos todos com um exame parecido com esse, mas em que ridicularizava o aborto, "um acto criminoso contra a vida humana".
E aqui d'el rei se alguém discordasse da sua opinião. Nunca foi adepto da democracia e não hesitava, sempre que pudesse, em dar umas ferroadelas a este regime. Salazar era o seu ídolo de infância.
Como pessoa, era mesquinho, injusto e radicalmente exigente.
Não me deixa saudades.
P.S. - Nunca reprovei às suas cadeiras.
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Comentário
Sobre o doutíssimo professor Paulo Otário (há quem diga que é Otero, mas eu acho mesmo que é Otário) temos o seguinte comentário:
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