A pedido de um amigo estou a ler Black Mass de John Gray. And by golly! nunca um livro me chateou e irritou tanto. Mas que grande desilusão que isto está a ser. Quando o homem não está a atropelar factos e a apresentar a sua versão da história está a dizer trivialidades como se fossem uma qualquer revelação de proporções nunca antes vistas.
A pessoa que me emprestou o livro disse para não ler os dois primeiro capítulos que só me ia chatear, mas que passasse logo para o terceiro capítulo que havia de gostar da análise política feita pelo senhor.
Realmente o livro melhorou bastante a partir do terceiro capítulo: em vez dos habituais dois/três disparates por página agora já só aparece um disparate a cada duas/três páginas.
Às tantas decidi ler este livro pelo o que ele de facto é: uma sátira! A sério que este livro só pode ser uma sátira. Acho que ninguém escreveria tanto disparate junto a pensar que aquilo tem alguma relação com o mundo real.
Agora já estou melhor e não estou constantemente a torcer-me com o que leio. Mas deparei-me com algo que primeiro me enfureceu, mas que depois até me fez rir: "...when in one of its noblest acts America entered the Second World War - a decision that was eventually taken in stoical recognition of a grim job that had to be done rather than any expectation of a much better world."
Meu caro John Gray eu não sei o que andas a tomar, mas desde já te digo que deve bater comó caralho! Muito podia dizer sobre o noblíssimo acto que só foi tomado como reconhecimento de um trabalho que tinha de ser feito, mas ao invés deixo uma sugestão de leitura para que possam compreender alguns dos motivos que levaram a América entrar na Segunda Grande Guerra (e não só): A Century of War: Lincoln, Wilson and Roosevelt.
1 comments:
Não sei se a violência que John Gray fala se irá verificar nas causas secularistas da mesma maneira que as causas religiosas mas certamente que ela já se verifica na cabeça de alguém que se encolera da forma como tu ao ver essas causas rejeitadas.
Talvez seja na nossa cabeça que herdaremos a violência que caracterizou o passado que renegamos.
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