"Joan Baez vem a Portugal. Uma das vozes mais importantes da música de intervenção dos anos 1960’s, defensora indefectível da não violência, direitos humanos e ambiente, vai actuar entre nós na segunda década do século XXI.
A juventude rebelde, que a idolatrou há 50 anos, pode ficar surpreendida de, aos 69 anos, ela ainda cantar e estar activa. Mas a sua carreira parece tão viva hoje como nos tempos de John Kennedy.
O jornalista fez-lhe a pergunta incontornável: «se escrevesse hoje uma canção que tema abordaria?» (Sol, 26/Fev, p.52). A própria pergunta mostra que a carreira, afinal, não está assim tão viva, dado que já não escreve canções. Mas o mais curioso é a resposta. «As pessoas deveriam saber que actualmente passo muito tempo com a família.» Esse é o tema ou a desculpa?
Joan Baez já não tem causas que mereçam canções, porque passa tempo com a família. Isso é irónico, porque os seus antigos fãs e correlegionários, aqueles que não abandonaram a luta, estão hoje empenhadíssimos a combater precisamente contra a família. Em tempos, ao som da música de Joan, a juventude rebelde esforçava-se por promover a justiça social e a igualdade de direitos.
Hoje deixou-se disso e dedica-se antes a divulgar o aborto e a homossexualidade. Ou melhor, acha que a igualdade de direitos implica o deboche e a promiscuidade e o novo opressor é a família, a que teima em chamar «tradicional».
Joan Baez, a sua musa de outrora, não os acompanha. Ela sabe que, no final, só a família vale a pena. Infelizmente, não consegue pôr essa causa numa canção."
A juventude rebelde, que a idolatrou há 50 anos, pode ficar surpreendida de, aos 69 anos, ela ainda cantar e estar activa. Mas a sua carreira parece tão viva hoje como nos tempos de John Kennedy.
O jornalista fez-lhe a pergunta incontornável: «se escrevesse hoje uma canção que tema abordaria?» (Sol, 26/Fev, p.52). A própria pergunta mostra que a carreira, afinal, não está assim tão viva, dado que já não escreve canções. Mas o mais curioso é a resposta. «As pessoas deveriam saber que actualmente passo muito tempo com a família.» Esse é o tema ou a desculpa?
Joan Baez já não tem causas que mereçam canções, porque passa tempo com a família. Isso é irónico, porque os seus antigos fãs e correlegionários, aqueles que não abandonaram a luta, estão hoje empenhadíssimos a combater precisamente contra a família. Em tempos, ao som da música de Joan, a juventude rebelde esforçava-se por promover a justiça social e a igualdade de direitos.
Hoje deixou-se disso e dedica-se antes a divulgar o aborto e a homossexualidade. Ou melhor, acha que a igualdade de direitos implica o deboche e a promiscuidade e o novo opressor é a família, a que teima em chamar «tradicional».
Joan Baez, a sua musa de outrora, não os acompanha. Ela sabe que, no final, só a família vale a pena. Infelizmente, não consegue pôr essa causa numa canção."
Isto é tão triste, tão triste, tão triste que nem tenho palavras para o descrever ou contra-argumentar...
Fiquemos antes com uma música de joan Baez que vale muito a pena ouvir por todos os motivos e mais alguns.
Ps: João César das Neves - Vá comer um cagalhão!
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